à medida que os países se vão industrializando e as mulheres vão entrando no mercado de trabalho, vai diminuindo o número de mães que optam por amamentar os filhos, sobretudo nos agregados familiares com maiores rendimentos
à medida que os países se vão industrializando e as mulheres vão entrando no mercado de trabalho, vai diminuindo o número de mães que optam por amamentar os filhos, sobretudo nos agregados familiares com maiores rendimentos Dar de mamar é um das formas mais eficazes de proteger a saúde das mães e das crianças, de assegurar quer crescem saudáveis e se desenvolvem bem, mas ainda assim, todos os anos há cerca de 7,6 milhões de bebés que não beneficiam de amamentação. Segundo um estudo recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a maioria destas crianças vive em países ricos. Os dados recolhidos pela agência da ONU revelam que 21 por cento dos bebés dos países com rendimentos altos nunca receberam leite materno, enquanto nos países de rendimentos médios e baixos esta taxa ronda os quatro por cento. O que acontece é que à medida que os países se vão industrializando, as mulheres vão entrando no mercado de trabalho, as famílias são mais pequenas e não há uma rede de apoio à mulher e à família, explica Victor aguayo, responsável pelo programa de nutrição do UNICEF. Nos países em desenvolvimento, as mães mais pobres amamentam mais tempo os seus filhos do que as mais abastadas. as classes sociais com maiores rendimentos tendem a imitar os hábitos dos países industrializados e vemos que há mães que optam por não amamentar os seus filhos, sobretudo entre as classes mais altas, adianta aguayo. Os especialistas afirmam que o investimento na amamentação – que ajuda a impedir a morte súbita e aumenta o desenvolvimento físico e intelectual – poderia salvar centenas de milhar de vidas e garantir importantes benefícios económicos. E os benefícios não são só para os bebés, mas também para as mães, pois as mulheres que amamentam correm menos riscos de cancro nos ovários e no útero, de depressão pós-parto e diabetes.