Menores têm aulas em salas com marcas de balas nas paredes e sacos de areia nas janelas. a sucessão de bombardeamentos deixa as crianças em estado permanente de ansiedade Menores têm aulas em salas com marcas de balas nas paredes e sacos de areia nas janelas. a sucessão de bombardeamentos deixa as crianças em estado permanente de ansiedade Centenas de escolas foram destruídas ou danificadas na zona este da Ucrânia, o que obriga cerca de 200 mil crianças a ter aulas em ambientes militarizados, devido ao conflito que se arrasta há quatro anos, alertou esta semana o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), sublinhando que o sistema educativo é mais uma vítima do fogo cruzado no país. O dia a dia destes menores é marcado pelo risco dos confrontos esporádicos e da explosão de artefactos de guerra abandonados. Eles aprendem em escolas com marcas de balas nas paredes e sacos de areia nas janelas; refúgios antiaéreos nos sótãos e metralhadoras nos pátios, assinalou a representante do UNICEF na Ucrânia, Giovanna Barberis. Nos últimos 16 meses, pelo menos 45 escolas sofreram danos, a que se somam mais de 700 que já haviam sido afetadas pelo conflito, desde abril de 2014. a agência da ONU registou pelo menos oito casos de zonas militares a 500 metros de jardins de infância ou escolas e várias outras unidades que distam apenas alguns metros dos estabelecimentos de ensino. De acordo com Giovanna Barberis, os perigos sucedem-se em ambos os lados da linha de contacto que separa o território controlado pelos rebeldes separatistas do ocupado pelo exército leal a Kiev. Mas nas imediações desta linha divisória, onde os confrontos são mais intenso, o perigo é maior. Este clima de tensão permanente mantém as crianças extremamente nervosas e a necessitar de apoio psicosocial.