Em apenas dois anos, as operações financeiras consideradas «suspeitas» baixaram em mais de 70 por cento, indica a autoridade de Informação Financeira do Vaticano
Em apenas dois anos, as operações financeiras consideradas «suspeitas» baixaram em mais de 70 por cento, indica a autoridade de Informação Financeira do Vaticano O ano passado foram verificadas 150 operações suspeitas na atividade institucional da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, menos 27,5 por cento do que em 2016 (207) e 72,5 por cento do que em 2015 (544), revelam os responsáveis pela autoridade de Informação Financeira (aIF) do Vaticano, através de um relatório anual divulgado à comunicação social esta sexta-feira, 27 de abril.

Segundo René Bruelhart, presidente da aIF, estes dados dão conta de uma normalização e estabilização neste ramo. O responsável disse em conferência de imprensa que estes resultados vão na direção certa, demonstrando diversos progressos levados a cabo, sobretudo, nos últimos dois anos. Neste sentido, a diminuição das suspeitas foi considerada como um sinal claro e muito bom do trabalho de reforma financeira empreendido.

Em 2017, foram submetidos a maior investigação por parte das autoridades judiciais do Vaticano oito casos, face aos 22 do ano anterior. O relatório dá ainda conta de um significativo reforço da cooperação internacional entre o Vaticano e as autoridades de diversos países, onde se insere Portugal, que possibilitou fortalecer a superação de atividades financeiras ilícitas, num âmbito de regulamentação mais forte.

Os dados revelados dão ainda conta de uma melhoria qualitativa nas informações partilhadas com as autoridades da Santa Sé e do Vaticano, assim como dos relatórios enviados ao promotor de Justiça do Vaticano. a autoridade de Informação Financeira do Vaticano é destinada à supervisão do setor financeiro e à prevenção de branqueamento de capitais.