Quase 70 por cento das salvadorenhas maiores de 15 anos já sofreram algum tipo de violência ao longo das suas vidas, mas apenas seis por cento o denunciou
Quase 70 por cento das salvadorenhas maiores de 15 anos já sofreram algum tipo de violência ao longo das suas vidas, mas apenas seis por cento o denunciou El Salvador tem uma das taxas de mortes violentas de mulheres mais altas do mundo e continua com uma cultura de discriminação de género que perpetua os padrões de violência. as Nações Unidas pediram ao governo que redobre os esforços para acabar com este flagelo. Para erradicar a violência de género é imperioso atacar a impunidade, investigar os factos e fazer justiça. ao mesmo tempo, é preciso que a sociedade se mobilize a favor das meninas, adolescentes e mulheres que sofrem agressões, alertou o representante da ONU em El Salvador, Salazar Volkmann. Segundo o Inquérito Nacional de Violência contra a Mulher, realizado o ano passado, 67 em cada 100 salvadorenhas maiores de 15 anos sofreram algum tipo de violência ao longo das suas vidas, mas só seis por cento o denunciaram. as outras, não o fizeram por medo, por vergonha, ou porque pensaram que não iam acreditar nelas. a persistência de uma cultura de discriminação baseada no género, as profundas desigualdades económicas e a impunidade são fatores que reproduzem e perpetuam os padrões de violência, sublinhou Volkmann, recomendando ao governo a investigação rigorosa dos casos de violência, um melhor acesso da mulher ao sistema judicial e o combate efetivo à impunidade.