Organização não governamental alerta para os abusos de que são vítimas muitos dos menores que fogem da violência na República Democrática do Congo e procuram refúgio no Uganda
Organização não governamental alerta para os abusos de que são vítimas muitos dos menores que fogem da violência na República Democrática do Congo e procuram refúgio no Uganda
Pelo menos uma em cada 10 crianças que fugiu da República Democrática do Congo (RDC) é vítima de violência sexual, no trajeto até ao Uganda, denuncia a organização não governamental Save the Children. Desde o início do ano mais de 73 mil congoleses procuraram refúgio no país vizinho, entre eles 2. 800 menores sozinhos ou separados da família durante a viagem. Os funcionários da organização entrevistaram várias crianças deslocadas e pelo menos 10 por cento dos menores afirmou ter sido vítima de violação durante a viagem. Mais de 80 por cento disse passar fome, 53 por cento adoeceram durante o trajeto e pelo menos 27 por cento sofreram agressões de um ou mais grupos armados. Todos os dias chegam ao Uganda crianças em condições desesperadas. Cada uma tem uma trágica história para contar: histórias de violações, de violência extrema, de assassinato dos pais. São histórias que despedaçam o coração, infelizmente comuns demais, afirma o responsável da Save the Children no Uganda. Segundo Johnson Byamukama, mesmo depois da chegada ao Uganda, as crianças continuam expostas ao risco de violência sexual, do que são exemplo os vários casos assinalados nas últimas semanas, dentro dos campos de refugiados. as principais preocupações com as crianças congolesas refugiadas no Uganda são a impossibilidade de irem à escola, gravidez precoce, violência sexual, ataques, roubos e falta de um refúgio seguro.