Programa envolve vários países e organizações empenhadas na definição de um diálogo estratégico, medidas de cooperação e aproveitamento de recursos, que permitam minimizar o sofrimento dos deslocados
Programa envolve vários países e organizações empenhadas na definição de um diálogo estratégico, medidas de cooperação e aproveitamento de recursos, que permitam minimizar o sofrimento dos deslocados Com o número de deslocados internos a aumentar de ano para ano, um grupo de países, agências da ONU e vários parceiros, renovaram esta semana o seu compromisso de trabalhar em equipa para reduzir e tentar solucionar o problema do deslocamento interno. O plano agora aprovado estará vigente até 2020. Passos ousados e ambiciosos sõa necessários para enfrentar esse desafio complexo de direitos humanos, humanitários e de desenvolvimento. O plano de ação procura propor um diálogo estratégico, uma ação combinada e recursos adequados para enfrentar o sofrimento dos deslocados internos, ao mesmo tempo que os envolve nas decisões que os afetam, explicou a relatora especial da ONU sobre direitos humanos dos deslocados internos, Cecilia Jimenez-Damary. Em finais de 2016, mais de 40 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deslocar-se dentro dos seus países devido a conflitos armados, violência ou violações de direitos humanos. Todos os anos cerca de 15 milhões de pessoas também são retiradas das suas terras por causa de projetos de desenvolvimento. E nestes dados não constam os milhões de outros deslocamentos por ocupação ilegal de terras, violência criminal ou seca, que raramente são registados. Para Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, é imperativo enfrentar as necessidades de proteção dos deslocados à força, e procurar soluções para as suas dificuldades contribui para uma maior estabilidade de países e regiões inteiras. Tal como os refugiados, os deslocados internos também enfrentam grande incerteza. Eles podem ser desalojados mais de uma vez à medida que procuram oportunidades para recomeçar as suas vidas, e correm o risco de ser marginalizados nas sociedades em que vivem. as consequências do nosso fracasso em resolver o deslocamento interno podem ser devastadoras, sublinhou o responsável.