Número de mortes relacionadas com os conflitos pela posse da terra não eram tão altos desde 2003. O ano passado, registou-se um aumento de 15 por cento em relação a 2016

Número de mortes relacionadas com os conflitos pela posse da terra não eram tão altos desde 2003. O ano passado, registou-se um aumento de 15 por cento em relação a 2016
a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou esta semana o relatório anual sobre os assassinatos relacionados com os conflitos pela posse da terra no Brasil. Em 2017 registaram-se 70 mortes, o que significa um aumento de 15 por cento em relação ao ano anterior e um novo recorde deste tipo de violência. Desde 2003 que os números não eram tão altos. Segundo o documento, os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra, de indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores, assentados, entre outros, tiveram um crescimento brusco a partir de 2015. O estado do Pará foi o mais violento (21 mortos), seguido do estado de Rondônia (17) e da Bahia (10). Do total de assassinatos o ano passado, 28 ocorreram em massacres, o que corresponde a 40 por cento. Os dados recolhidos pela CPT entre 1985 e 2017 revelam que nesse período foram documentados 46 massacres no campo, com 220 vítimas. Também aqui a lista é liderada pelo estado do Pará, com 26 massacres, que vitimaram 125 pessoas.