a grande barreira australiana de corais, classificada como património mundial pela UNESCO, foi gravemente afetada pelo aquecimento global. Os danos são maiores do que se pensava até agora a grande barreira australiana de corais, classificada como património mundial pela UNESCO, foi gravemente afetada pelo aquecimento global. Os danos são maiores do que se pensava até agora Um estudo publicado esta quinta-feira, 19 de abril, na revista científica Nature revela que a grande barreira australiana de corais perdeu cerca de 30 por cento de corais durante uma onda de calor em 2016. as consequências são catastróficas e mais graves do que se pensava, sobretudo para as outras espécies marinhas. O recife australiano forma o maior conjunto de corais do mundo, estende-se por 348 mil quilómetros quadrados, e está inscrito como património mundial da UNESCO desde 1981. Os danos registados provocaram mudanças radicais na variedade das espécies em centenas de recifes individuais, onde comunidade maduras e diversificadas se converteram em sistemas degradados, em que só sobrevivem algumas espécies resistentes, referem os investigadores. O branqueamento dos corais é um fenómeno de enfraquecimento que se traduz numa descoloração. Pressionados por fatores como o aquecimento da água, os corais expulsam as algas simbióticas que lhes dão cor e os seus nutrientes. Por isso, o estudo apela à proteção urgente dos corais sobreviventes, estimados em cerca de mil milhões. Esses são os que vão realimentar e voltar a ocupar os recifes alterados, assegura Terry Hugues, coautor do trabalho e diretor do centro de estudo de recifes corais da Universidade James Cook, pedindo a redução da contaminação costeira para que se melhore a qualidade da água.