Grupo de jurados é constituído por cristãos católicos e protestantes, originários de seis países, e tem como missão distinguir obras que revelem a «profundidade do ser humano»
Grupo de jurados é constituído por cristãos católicos e protestantes, originários de seis países, e tem como missão distinguir obras que revelem a «profundidade do ser humano»O júri ecuménico da 71. a edição do Festival de Cannes, que vai realizar-se de 8 a 19 de maio naquela cidade francesa, será presidido pela cineasta portuguesa Inês Gil. O grupo de jurados é formado por seis especialistas no domínio do cinema, católicos e protestantes, oriundos de países como Portugal, Estados Unidos da américa, França, austrália, Suíça e França.

Integrado no Festival de Cannes há 44 anos, o júri ecuménico é convidado pelos organizadores do evento a conceder prémios e menções honrosas a autores de filmes selecionados para a competição oficial. Em 2018, há pelo menos 18 trabalhos cinematográficos a concorrer à Palma de Ouro.

O júri ecuménico propõe um olhar particular sobre os filmes. Ele distingue obras de qualidade artística que são testemunhos sobre o que o cinema nos pode revelar da profundidade do ser humano, lê-se na página dedicada ao júri. Nesse sentido, as distinções atribuídas por este júri destacam produções que abordam qualidades humanas, no que concerne à dimensão espiritual da existência, como a justiça, dignidade de todo o ser humano, respeito pelo ambiente, paz, solidariedade, reconciliação, valores do Evangelho que são também amplamente partilhados em todas as culturas.

Thierry Frémaux, delegado-geral do Festival de Cannes, realça a importância deste jurado. Fiel à sua vocação fundadora, que era a de revelar e valorizar obras de qualidade para servir a evolução do cinema, favorecer o desenvolvimento da indústria do filme no mundo e celebrar a sétima arte a nível internacional. ainda hoje, esta profissão de fé constitui o primeiro artigo do regulamento do festival, realça o responsável.