agência das Nações Unidas assinala que centenas de pessoas continuam a sofrer detenções injustificadas e que grande parte dos detidos sofre torturas e outros abusos dentro das prisões agência das Nações Unidas assinala que centenas de pessoas continuam a sofrer detenções injustificadas e que grande parte dos detidos sofre torturas e outros abusos dentro das prisões Um relatório recente do alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos dá conta que as medidas para evitar as detenções arbitrárias na Líbia estão paradas e que centenas de pessoas continuam a ser presas de forma injustificada. Fazem-se as detenções de forma ilegal de homens, mulheres e crianças, privando-os da sua liberdade com base nos seus laços tribais e familiares ou na sua filiação política, refere o documento. Publicado pela Missão de apoio das Nações Unidas na Líbia, o relatório reúne as principais preocupações em matéria de direitos humanos no que se refere às detenções, desde que foi assinado o acordo Político Líbia, em dezembro de 2015. Em vez de travarem os grupos armados e integrarem os seus membros em organismos controlados pelo Estado, os governos líbios têm-lhes confiado a aplicação da lei, o que inclui as detenções, pagamento de salários, aquisição de equipamento e uniformes, lamenta o organismo da ONU. O documento expõe ainda o horror vivido pelos líbios privados de liberdade, assim com o sofrimento das suas famílias. Os sequestros e a tomada de reféns constituem práticas habituais. Em muitos casos, os familiares desconhecem o seu paradeiro, pois os grupos armados negam o contacto com o exterior aos presos. Nas prisões, os tratamentos desumanos, com abusos e torturas, converteram-se num hábito, e enquanto os responsáveis continuam impunes, as vítimas não dispõem de recursos judiciais nem possibilidade de recorrer.