Investigação conduzida por equipa de especialistas da ONU conclui que a maioria dos cidadãos da américa Latina e Caraí­bas considera que a corrupção está disseminada pelos principais órgãos decisores dos seus países
Investigação conduzida por equipa de especialistas da ONU conclui que a maioria dos cidadãos da américa Latina e Caraí­bas considera que a corrupção está disseminada pelos principais órgãos decisores dos seus países Três em cada quatro latino-americanos têm pouca ou nenhuma confiança nos seus governos e acredita que a corrupção está disseminada na administração pública, revela uma pesquisa divulgada esta terça-feira, 10 de abril, pela Comissão Económica das Nações Unidas para a américa Latina e Caraíbas (CEPaL). Os dados recolhidos pelos investigadores indicam que apenas 41 por cento da população está satisfeita com a qualidade dos serviços de saúde e 51 por cento aprovam o sistema de educação, fatores que contribuem para a falta de vontade em pagar impostos, por serem considerados injustificáveis. Depois de cinco anos em desaceleração económica, a região está no caminho de uma frágil recuperação, com um crescimento do PIB na ordem dos dois por cento, mas o enfraquecimento da economia já teve impacto no padrão de vida da população: 23 por cento das pessoas ainda vivem abaixo da linha de pobreza, refere o estudo. Para contornar a situação, a CEPaL recomenda aos países da região que repensem as suas instituições e construam uma nova conexão entre Estado e cidadãos, investindo, por exemplo, em infraestruturas, tecnologia e inovação e elevando a produtividade.