Documento apela à sociedade civil e às instituições para unirem esforços e serem a voz dos povos indígenas, as principais vítimas da intensa atividade extrativa e da destruição da floresta
Documento apela à sociedade civil e às instituições para unirem esforços e serem a voz dos povos indígenas, as principais vítimas da intensa atividade extrativa e da destruição da floresta
a Conferência Episcopal Venezuelana divulgou recentemente um documento escrito pelos membros da Rede Eclesial Pan-amazónica (REPaM), com o apoio dos bispos venezuelanos e da Cáritas da Venezuela, onde é feita uma denúncia firme contra o aumento da atividade extrativa da mineração e a destruição e saque da floresta. No documento, a que foi dado o título amazónia venezuelana: o grito da terra e dos povos exige respeito, são recordados os alertas de organizações indígenas e ambientalistas contra a atual destruição da amazónia, que até agora têm recebido como resposta o silêncio e represálias, como massacres e execuções. as atividades extrativas fazem parte de um modelo económico dominante, que separou a humanidade da natureza, pode ler-se no texto. Para o presidente da REPaM na Venezuela, José angel Divasson, a questão socioambiental é apenas um dos muitos problemas das comunidades indígenas. Eu sou testemunha da dor do povo que morre intoxicado pelas águas contaminadas pelo mercúrio. a exploração minerária não pode ser a solução dos problemas económicos da Venezuela, disse o bispo, na sessão de apresentação do documento. Nesta tomada de posição pública, os bispos denunciam o modelo de exploração aplicado na Venezuela e em muitos países da américa Latina e do mundo, cujas consequências são um desenvolvimento insustentável, uma aceleração do empobrecimento e uma forte dependência das variações do mercado -administrado por corporações transnacionais. E apelam à sociedade civil e às instituições que unam esforços para serem a voz dos povos indígenas vítimas do incremento da atividade extrativa, que viola as regras da mineração e destrói a natureza na amazónia.