Organização não governamental já contabilizou mais de 50 vítimas e teme que o número seja bem maior, uma vez que as zonas onde vivem muitas das comunidades Warao são de difícil acessoOrganização não governamental já contabilizou mais de 50 vítimas e teme que o número seja bem maior, uma vez que as zonas onde vivem muitas das comunidades Warao são de difícil acessoUm surto de sarampo está a alastrar de forma assustadora no leste da Venezuela e a colocar em perigo as comunidades indígenas Warao. Segundo dados revelados pela organização não governamental (ONG) Kapé Kapé, este ano já morreram pelo menos 54 menores com a doença, mas suspeita-se da existência de mais vítimas mortais em zonas de difícil acesso. a propagação terá começado no início de janeiro e de acordo com José Naveda, jornalista e membro da ONG, as vítimas têm entre dois e 14 anos. Viviam em comunidades no estado de Delta amacuro, nas margens do rio Orinoco – um dos mais extensos da américa do Sul -, a cerca de oito horas de lancha da capital Tucupita, numa região à qual só se tem acesso por via fluvial, ou por helicóptero. São populações que estão à deriva, quase esperando a morte e que estão isoladas por falta de combustível. O que estamos a pedir é que declarem o alerta sanitário, afirmou por sua vez o presidente da Kapé Kapé, armando Obdola, em declarações às agências internacionais. O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e que atinge em particular as crianças. Pode ser prevenido com vacinas, mas a Venezuela enfrenta uma escassez de remédios próxima dos 90 por cento, segundo a Federação Farmacêutica. O governo do presidente Nicolás Maduro sustenta que as sanções impostas pelos Estados Unidos dificultam a importação de medicamentos e alimentos.