Relatores independentes das Nações Unidas visitaram as cidades de Calais e Grande-Sythe e encontraram pessoas a viver em tendas, sem instalações sanitárias, e sem acesso a água potável
Relatores independentes das Nações Unidas visitaram as cidades de Calais e Grande-Sythe e encontraram pessoas a viver em tendas, sem instalações sanitárias, e sem acesso a água potável Dois relatores independentes das ONU enviaram uma carta ao governo francês a pedir esclarecimentos sofre a falta de serviços como água e saneamento básico, e de abrigos para os migrantes que se encontram no país. a situação é desumana, lamentou um dos relatores, depois de uma visita às cidades de Calais e Grande-Sythe. Segundo o relator especial sobre o direito à água e ao saneamento básico, Leo Heller, muitos migrantes vivem em tendas, sem instalações sanitárias, e veem-se obrigados a tomar banho em rios ou lagos poluídos. E apesar dos esforços do governo, é necessária muito mais atenção das autoridades nacionais e internacionais a esta questão. Já o relator especial sobre os direitos humanos dos migrantes, Felipe González Morales, pediu mais atenção às políticas migratórias, que são cada vez mais regressivas e com condições desumanas e precárias. Segundo ele, todos os migrantes devem ter os seus direitos humanos respeitados sem discriminação, incluindo o acesso à moradia adequada, à educação, à saúde, à água e ao saneamento assim como à justiça e a medicamentos. Os relatores reclamaram ainda ações concretas para acabar com a perseguição e a intimidação de voluntários e membros de organizações não governamentais que prestam ajuda humanitária aos migrantes e exigiram que a França cumpra as suas obrigações e promova o trabalho dos ativistas.