a escalada da violência em Darfur precisa de uma resposta internacional urgente, mas o medo é que, uma vez mais, a ajuda chegue demasiado tarde, disse um enviado das Nações Unidas para os direitos humanos.
a escalada da violência em Darfur precisa de uma resposta internacional urgente, mas o medo é que, uma vez mais, a ajuda chegue demasiado tarde, disse um enviado das Nações Unidas para os direitos humanos. ” a situação está a desenrolar-se… e se rebenta o perigo para os civis é muito grande”, disse Juan Mandez, enviado das Nações Unidas (ONU). Já em Outubro do ano passado Mendez tinha apresentado um relatório ao conselho de segurança da ONU advertindo para o crescente derramemento de sangue na região do Sudão, mas, em declarações à agência Reuters, disse que as diferenças entre os 15 membros travaram qualquer acção.
“Sempre nos movemos lentamente e fazemos o mínimo possível”, disse. “O principal problema é que temos um funil no concelho de segurança, sendo difícil chegar a um consenso”, acrescentou.
Na sua opinião, as comunidades locais árabes e africanas devem participar activamente no processo de paz. “Precisamos de envolver a comunidade local nas conversações. O desentendimento é grande, assim como a sua capacidade de armar-se e iniciar acções violentas”.
O cessar~foco entre os rebeldes e o governo, a chegada da União africana (Ua) e a ajuda humanitária de 2004 trouxe um certo alí­vio depois de mais de um ano de caos. Mas desde o ano passad, a violência recomeçou, tornando difícil a operação das agências humanitárias.
Cerca de dois milhões de pessoas ficaram desalojadas devido ao conflito, que começou em Fevereiro 2003, com os rebeldes a alegar que o governo descuidou a sua região.
“é urgente estabelecer uma força que tenha suficiente número de homens, equipamento adequado e uma claro mandato para proteger os civis”, disse Mendez. a U a tem tropas na região mas não são suficientes nem têm o apoio logí­stico adequado.
Os diálogos de paz que decorrem em abuja, capital da Nigéria, parecem não ter saida. Para Mendez, a prioridade é que ambas as partes concordem num novo cessar-fogo.