Coordenador de assuntos Humanitários das Nações Unidas afirma que o nível de acesso às pessoas mais vulneráveis está pior que o ano passado e critica a entrada de ajuda a conta-gotas
Coordenador de assuntos Humanitários das Nações Unidas afirma que o nível de acesso às pessoas mais vulneráveis está pior que o ano passado e critica a entrada de ajuda a conta-gotasBasicamente estamos a dar migalhas, uma coluna humanitária aqui, outra ali, e 5,6 milhões de sírios com graves necessidades não podem viver de migalhas. O atual nível de acesso [aos necessitados] é muito pior do que na mesma época do ano passado, afirmou esta semana o Coordenador de assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock. Em resposta ao pedido recente das autoridades sírias para que se aumente a ajuda humanitária em Guta Oriental, Lowcock propôs a mobilização de uma equipa de especialistas para reforçar as ações de auxílio no terreno e anunciou a atribuição de 20 milhões de dólares do Fundo Humanitário para a Síria, que servirão para proporcionar refúgio e melhorar as condições de saneamento. Numa comunicação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o responsável sublinhou que os ataques a centros sanitários continuam sem diminuir, tendo afetado pelo menos 28 unidades, desde meados de fevereiro. E que dezenas de milhares de civis foram deslocados das localidades de Duma, Saqba, Hrast e Kafr Batna, durante as últimas semanas. Lowcock recordou também que as Nações Unidas e os seus parceiros assistem mensalmente um média de 7,5 milhões de pessoas na Síria. Sem esta ajuda, a situação seria ainda mais catastrófica e a perda de vidas seria muito maior, adiantou.