Defensores dos direitos humanos criticam vários países por continuarem a fornecer armamento à coligação que combate no Iémen, sem respeito pelo Tratado sobre o Comércio de armas Convencionais
Defensores dos direitos humanos criticam vários países por continuarem a fornecer armamento à coligação que combate no Iémen, sem respeito pelo Tratado sobre o Comércio de armas Convencionais a amnistia Internacional (aI) acusa os países que apoiam a coligação liderada pela arábia Saudita de estarem a fornecer armamento de forma irresponsável, com danos incalculáveis para a população do Iémen, que enfrenta um conflito armado há três anos. Mais de 22 milhões de iemenitas estão a necessitar de assistência humanitária urgente. ao fim de três anos, o conflito no Iémen não mostra sinais de decrescer, e todos os lados continuam a infligir um sofrimento horrível à população civil. Escolas e hospitais estão em ruínas, milhares de pessoas perderam a vida e milhões encontram-se deslocadas internamente e em necessidade extrema de ajuda humanitária, frisa a diretora de Investigação da aI para a região do Médio Oriente, Lynn Maalouf. Segundo a perita, há provas extensas de que fornecimentos irresponsáveis de armamento para a coligação liderada pela arábia Saudita têm resultado em danos enormes para os civis. No entanto, isso não tem impedido os Estados Unidos da américa, o Reino Unido e outros países, incluindo a França, a Espanha e a Itália, de continuarem a transferir armas no valor de milhares de milhões de dólares, num claro desrespeito pelo Tratado sobre o Comércio de armas Convencionais. O Iémen vive atualmente uma das mais graves crise no mundo, com pelo menos 22,2 milhões de pessoas a precisarem de assistência humanitária e mais de um milhão de casos suspeitos de cólera. Esta é uma crise resultante de atividade humana, com a guerra a aprofundar e exacerbar a situação desesperada no terreno e todos os lados envolvidos no conflito a impedirem a entrega da ajuda humanitária, salientam os ativistas da aI.