Concurso interpela estudantes a exporem o que se passa no sistema prisional português, através de vídeos de curta duraçãoConcurso interpela estudantes a exporem o que se passa no sistema prisional português, através de vídeos de curta duraçãoOs alunos que frequentam o Instituto de Criatividade artes e Novas Tecnologias (Restart), em Lisboa e no Porto, são desafiados a realizar vídeos, com a duração máxima de quatro minutos, sobre as cadeias nacionais, no âmbito do concurso Do outro lado da câmara: vidas e prisões portuguesas. através desta iniciativa, pretende-se promover o conhecimento público da realidade prisional portuguesa. O concurso foi lançado esta semana, e os trabalhos deverão ser enviados até ao próximo dia 31 de julho. O autor daquele que for considerado como o melhor trabalho terá a possibilidade de fazer uma viagem a Barcelona, onde poderá conhecer a realidade prisional na cidade espanhola.
a iniciativa motiva a aluna Raquel Claudino a desejar compreender o que se passa no sistema prisional português, como é a vida pós reclusão, quais são os apoios e como melhorar lá dentro. Para Filipa Oliveira, diretora da Restart, o projeto tem a capacidade de poder levar os alunos a refletir sobre um conjunto de pessoas que estão relacionadas com as prisões. aqui falamos dos presos, das famílias, dos guardas prisionais, da instituição, das crianças, dos filhos, de todos que estamos do lado de cá e podemos lá parar um dia, disse a responsável, em declarações à agência Ecclesia.
Para João GonçAlves, sacerdote e coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, um organismo da Igreja Católica em Portugal que promove o concurso em conjunto com o Restart, a iniciativa apresenta vastos benefícios. Põe os jovens no contacto com pessoas com uma marca de dor e de sofrimento. Às vezes, os jovens são mais alheios ao sofrimento, nem sempre contactam com pessoas em situação de sofrimento e isso pode ser para eles também coisa boa, disse o sacerdote, após a apresentação do projeto, na última quarta-feira, 21 de março. João GonçAlves acredita que os jovens vão, sobretudo, ensinar muito com as suas conversas, interpelações, com as suas questões incómodas.