as duas brasileiras criaram o movimento «SOS Hermanos» para apoiar os milhares de venezuelanos que fogem do país em busca de proteção, e que se concentram na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima
as duas brasileiras criaram o movimento «SOS Hermanos» para apoiar os milhares de venezuelanos que fogem do país em busca de proteção, e que se concentram na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima Uma é advogada e outra é médica. as duas juntaram-se com um objetivo comum: ajudar os milhares de venezuelanos que fugiram para o Brasil, devido à situação de crise que se vive no seu país de origem. Em finais de 2015 criaram o movimento SOS Hermanos e em breve contam ter pronto a funcionar um centro de acolhimento, com capacidade para 40 pessoas, na cidade de Boa Vista, no estado de Roraima. ana Lucíola Franco, de 56 anos, e a médica Eugénia Moura, de 60 anos, estão ligadas ao trabalho social desde que eram adolescentes e já ajudaram indígenas, haitianos e outras populações vulneráveis que passaram pela capital de Roraima. Quando começou a aumentar o fluxo de venezuelanos, decidiram montar uma operação de ajuda, que assegura duas a três entregas semanais de alimentos e promove a integração, inclusive laboral. No âmbito deste trabalho, contam abrir em breve um centro de acolhimento para cerca de 40 pessoas, num edifício na zona central de Boa Vista. O espaço tem cerca de 900 metros quadrados e foi estruturado para receber famílias com crianças, sendo mantido por meio de doações. Segundo ana Lucíola, o momento não poderia ser mais apropriado já que o período de chuvas se aproxima. a maioria das pessoas chega com poucas roupas e não está preparada para o frio. Precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para protegê-las e tirá-las das ruas, afirmou aos técnicos do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR). a agência da ONU, de resto, já se associou ao projeto, manifestando-se disponível para ajudar a melhorar as instalações, aumentando o número de quartos e criando uma cozinha multifuncional. Será ainda criado um espaço especial para que as crianças possam brincar com segurança. a gestão do centro será feita pelos refugiados, de forma independente.