Os conflitos armados e as alterações climáticas mantêm a insegurança alimentar grave em vários países africanos. Na República Democrática do Congo, por exemplo, a inflação quase duplicou o ano passado
Os conflitos armados e as alterações climáticas mantêm a insegurança alimentar grave em vários países africanos. Na República Democrática do Congo, por exemplo, a inflação quase duplicou o ano passado Há pelo menos 37 países que precisam de ajuda alimentar internacional urgente e vários países africanos onde os níveis de insegurança alimentar continuam altos e preocupantes, alerta a Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO), no seu mais recente relatório sobre a situação alimentar a nível mundial. O documento refere que a chuva desadequada e errática é uma ameaça cada vez maior no Sul de África e na África Oriental, onde muitos lares sofrem com quatro épocas de cultivo com seca consecutivas, e estima uma quebra na produção de cereais este ano na Somália, Tanzânia e Sudão do Sul. Segundo a FaO, no Quénia, por exemplo, a chuva está 80 por cento abaixo dos níveis esperados, e na República Democrática do Congo a inflação quase duplicou o ano passado, fazendo disparar o preço dos alimentos. Na lista das 37 nações que precisam de assistência alimentar, Moçambique é o único país lusófono. Durante o primeiro trimestre deste ano, prevê-se que 314 mil moçambicanos estejam em situação de insegurança alimentar e com necessidade de assistência humanitária. a situação de crise concentra-se nas províncias do interior do país. É esperado que as condições de segurança alimentar piorem em 2018 nos províncias centrais e do sul, devido às condições meteorológicas adversas que irão causar uma redução na colheita de cereais, sublinha o relatório.