Numa declaração para o Dia da Mulher os membros do MMTC afirmam que é possível «outro modo de viver», onde os homens e as mulheres «convivam em harmonia»
Numa declaração para o Dia da Mulher os membros do MMTC afirmam que é possível «outro modo de viver», onde os homens e as mulheres «convivam em harmonia»O caminho para a libertação da mulher da violência, da desigualdade e de outras problemáticas, passa pelo acesso a todas as pessoas, em igualdade de oportunidades, à terra, ao teto e ao trabalho.com estes bens básicos assegurados, os direitos humanos e especialmente os das mulheres serão também respeitados, defendem os membros do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC).

através de numa declaração para o Dia Internacional da Mulher, data que será assinalada na próxima quinta-feira, 8 de março, os trabalhadores cristãos afirmam acreditar que outro modo de viver é possível, onde homens e mulheres vivam com dignidade e convivam em harmonia. Na mesma mensagem, intitulada Mulher: anunciadora de dignidade e liberdade, os elementos do MMTC frisam que a comemoração do Dia da Mulher continua a fazer todo o sentido, uma vez que continuam a existir mulheres que são exploradas, excluídas, violentadas, vítimas de tráfico, de exploração sexual, de trabalho escravo e mortas, só porque nasceram mulheres.

Ser mulher em alguns países é sujeitar-se, entre outros, a ser violada e humilhada publicamente, obrigada a isolar-se em condições degradantes e sem direitos ou forçada à mutilação genital feminina. Estas duras realidades, mesmo ilegais ou consideradas na lei como crime em muitos países, continuam a acontecer e têm sido a causa de morte para muitas mulheres. E os culpados ficam impunes, pela inércia ou mesmo a conivência das autoridades, que se regem ainda por costumes estabelecidos pelos modelos patriarcais onde a mulher é totalmente desvalorizada, denunciam os signatários da declaração.

No mesmo documento, os elementos do MMTC lamentam o facto da violência doméstica continuar a destruir, diariamente, a vida de muitas mulheres, apesar das grandes campanhas de sensibilização e da legislação do problema como crime público em vários países. São ainda demasiadas as mulheres que vivem sujeitas a agressões físicas e psicológicas ou que são assassinadas pelos maridos, companheiros ou namorados. Mulheres que carregam vidas de sofrimento que vão além do tempo, com marcas que se perpetuarão em toda a sua vida, realçam.

Os trabalhadores cristãos lamentam ainda o facto dos baixos salários, desemprego e da pobreza, terem sempre as taxas mais elevadas nas mulheres. Persiste a diferença salarial entre homens e mulheres, para os mesmos trabalhos; a maternidade ainda penaliza no acesso ao emprego ou na progressão da carreira; as mulheres são as mais afetadas com o assédio moral e sexual nas empresas, aponta o movimento.