Insegurança alimentar severa ameaça mais de sete milhões de sul-sudaneses. agências das Nações Unidas pedem medidas urgentes para evitar mortes, sobretudo de milhares de crianças
Insegurança alimentar severa ameaça mais de sete milhões de sul-sudaneses. agências das Nações Unidas pedem medidas urgentes para evitar mortes, sobretudo de milhares de crianças a Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa alimentar Mundial (PaM) lançaram esta semana um alerta conjunto para a ameaça de insegurança alimentar severa que paira sobre mais de sete milhões de pessoas no Sudão do Sul, ou seja quase dois terços da população. Em janeiro, 5,3 milhões de sul-sudaneses já tinham dificuldade em obter um prato de comida todos os dias, e teme-se que a situação se agrave nos próximos meses, tendo em conta que o período mais difícil acontece entre maio e julho. a perspetiva de insegurança alimentar nunca foi tão terrível como agora, lamentam os responsáveis das agências. Segundo Mahimbo Mdoe, representante do UNICEF, prevê-se que, em maio, mais de 1,3 milhões de crianças com menos de cinco anos estará em situação de má nutrição grave, caso não recebam ajuda. Se não houver uma resposta urgente e acesso às pessoas com mais necessidade, muitas crianças vão morrer, sublinhou a dirigente, adiantando que a agência se está a preparar para taxas de má nutrição nunca vistas no país. O ano passado, as três agências realizaram a maior campanha de sempre no Sudão do Sul, com 135 missões humanitárias urgentes. Foram entregues sementes e instrumentos de plantio a cinco milhões de pessoas e foi prestada assistência alimentar a mais 4,4 milhões. Para este ano, as perspetivas é que se consiga entregar uma quantidade de mantimentos superior em 20 por cento.