Documento resulta de um trabalho desenvolvido a nível europeu e apresenta várias recomendações aos responsáveis políticos para que se quebre o ciclo de pobreza que está a condicionar o futuro dos mais novos
Documento resulta de um trabalho desenvolvido a nível europeu e apresenta várias recomendações aos responsáveis políticos para que se quebre o ciclo de pobreza que está a condicionar o futuro dos mais novos Salários baixos e condições de trabalho precárias; educação desadequada ou de pouca qualidade são os dois fatores determinantes apontados pela Cáritas Portuguesa como condicionantes na vida dos jovens portugueses. as conclusões fazem parte de um relatório apresentado esta terça-feira, 27 de fevereiro, em Lisboa, que resulta de um trabalho desenvolvido em 16 países europeus, por iniciativa da Cáritas Europa. No documento, a organização portuguesa tutelada pela Igreja Católica aponta ainda a banalização das situações de contratos irregulares e a falta de coordenação entre os serviços públicos de emprego, as escolas e as universidades quanto à formação, oportunidades de emprego, orientação profissional e vocacional, como variantes a alterar para que se quebre o ciclo de pobreza que está a condicionar o futuro dos jovens em Portugal e na Europa. É urgente que se olhe para os jovens a partir daquilo que eles representam hoje para a sociedade portuguesa. Este relatório não é mais do que a auscultação da realidade que foi feita, em Portugal, pelas Cáritas diocesanas e por outras instituições que a nós que se associaram, ou seja, é preciso que todos, governantes e responsáveis políticos estejam atentos aquilo que é a vida de todos os dias dos portugueses, afirmou o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca. Neste sentido, são feitas algumas recomendações aos responsáveis políticos, entre elas o desenvolvimento de uma estratégia nacional para promover a participação cívica dos jovens, a prevenção da precariedade laboral, das irregularidades e da evasão fiscal nos contratos de trabalho por meio do controlo do abuso do estatuto de trabalhador independente pelos empregadores e a criação de oportunidades iguais no acesso à educação, nomeadamente para jovens de agregados em risco de pobreza e exclusão social.