O turismo religioso, com Fátima à cabeça, tem contribuído para projetar o país a nível internacional como destino turístico, e ajudado a conquistar novos mercados, sobretudo o asiático e o norte-americano
O turismo religioso, com Fátima à cabeça, tem contribuído para projetar o país a nível internacional como destino turístico, e ajudado a conquistar novos mercados, sobretudo o asiático e o norte-americanoEstamos a conseguir atingir mercados que não vinham para Fátima tradicionalmente e que são aqueles que também deixam muito valor. É sintomático que o ritmo de crescimento das receitas em Portugal em 2017 duplicou o ritmo de crescimento do número de hóspedes. Quer dizer que estamos a conseguir atingir mercados que gastam muito mais quando vêm a Portugal, afirmou esta quinta-feira, 22 de fevereiro, a secretária de Estado do Turismo, ana Mendes Godinho. a governante, que falava na sessão de encerramento do primeiro painel do VI Workshop de Turismo Religioso, a decorrer em Fátima, sublinhou que existe cada vez mais curiosidade sobre a história e o património do nosso país, e que através do turismo religioso é possível diversificar a oferta, levar as pessoas a descobrir outros espaços no território nacional e alargar a atividade turística a todo o ano. Segundo ana Mendes Godinho, o ano passado Portugal ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 15 milhões de euros em receita turística e mais de 20 milhões de turistas ficaram nas unidades hoteleiras, com a particularidade de 60 por cento do crescimento do número de dormidas ter ocorrido na época baixa. Para este crescimento, muito contribui Fátima, em particular o programa de atividades desenvolvido no âmbito das comemorações do Centenário das aparições. Fátima tem ajudado a posicionar internacional Portugal como um destino, aberto ao mundo, de tolerência, até porque vêm aqui várias religiões e cada vez mais Portugal se tem afirmado como país de portas abertas para todos, afirmou a governante, destacando o trabalho de estruturação e promoção que tem vindo a ser feito, e que tem conseguido cativar cada vez mais mercados como o sul-coreano, norte-americano, chinês e polaco. Por sua vez, Jorge Brandão, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), salientou a importância que Fátima pode ter na estratégia de desenvolvimento dos territórios vizinhos e de toda a região. Está hoje assumido que Fátima pode ter um papel preponderante na estratégia de desenvolvimento dos territórios que envolvem o próprio município, seja a comunidade dos municípios do Médio Tejo, seja a região Centro, seja mesmo Portugal, realçou o responsável. Os nove milhões de visitantes que passaram por Fátima em 2017 não só evidenciam o Santuário como o altar do mundo, como tem um efeito multiplicador que tem do posicionamento da marca Portugal e da marca Centro Portugal naquilo que é o turismo religioso a nível internacional, disse Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro. O encontro, que decorre até sábado, 24, no Centro Pastoral Paulo VI, conta com 700 participantes, de 39 nacionalidades, e 40 expositores. além de uma visita à Guarda para contacto com os locais turísticos de herança judaica, está prevista a realização de 4. 800 reuniões entre operadores de turismo.