Em apenas três dias, mais de 20 mil pessoas cruzaram o lago alberto, rumo ao país vizinho, para fugirem da violência, no nordeste da República Democrática do Congo Em apenas três dias, mais de 20 mil pessoas cruzaram o lago alberto, rumo ao país vizinho, para fugirem da violência, no nordeste da República Democrática do Congo Milhares de habitantes da região nordeste da República Democrática do Congo (RDC) estão a procurar refúgio no Uganda, para escapar à violência. a semana passada, em apenas três dias, mais de 22 mil congoleses cruzaram o lago alberto em direção ao país vizinho. Segundo informações do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), os deslocados usam canoas pequenas ou barcos de pesca superlotados e frágeis, que muitas vezes carregam mais de 250 pessoas numa viagem que pode durar até 10 horas. Recentemente um dos barcos virou e quatro pessoas morreram afogadas. O agravamento da tensão entre grupos étnicos criou uma onda de deslocamento que se estende ao longo do lago rumo ao Uganda. a semana passada, mais de 1. 300 pessoas atravessaram a aldeia ugandesa de Sebagoro, onde o aCNUR criou um centro de emergência para receber os que chegam. a situação é bastante terrível, afirma andrew Harper, da Divisão de apoio e Gestão de Programas do aCNUR. Falta água, comida, equipamento médico e abrigo. O aCNUR está em alerta máximo em ambos os lados da fronteira e andrew Harper reitera a necessidade de maiores esforços para garantir aos refugiados segurança e ajuda humanitária. a agência está a trabalhar com o governo do Uganda para facilitar o registo dos deslocados, o que é essencial para a sua recolocação no centro de acolhimento de Kagoma, no distrito de Hoima.