Qualquer que seja o resultado das eleições de quarta-feira, o futuro da região está nas mãos de Israel e de uma conferência internacional de paz.
Qualquer que seja o resultado das eleições de quarta-feira, o futuro da região está nas mãos de Israel e de uma conferência internacional de paz. as eleições parlamentares de 25 de Janeiro demonstram sobretudo que os palestinianos querem a democracia, sendo um exemplo para o mundo árabe. Entre os vários candidatos, os principais são o Fatah, que continua na linha da Organização de Libertação da Palestina; e o Hamas, um movimento político extremo e violento. No entanto, independentemente de quem ganhe as eleições, estas não vão ter um impacto prático.
a autoridade Nacional da Palestina (aNP) não tem um controlo efectivo sobre a situação. O território continua a ser ocupado por Israel, desde que ganhou a Guerra dos Seis Dias em 1967. De modo prático, o destino da população está mais em mãos israelitas do que em mãos palestinianas.
Os poderes da aNP estão limitados por Israel e dependem da boa vontade dos comandantes militares israelitas. Por isso a situação que se vive é sempre muito instável, marcada por ondas de intensa violência.
Por um lado, Israel quer que a aNP actue contra os grupos armados palestinianos pelos ataques contra israelitas. Por outro lado, a autoridade palestiniana não pode justificar diante da sua população acções contra grupos armados palestinianos enquanto continuar a ocupação israelita.
é um Círculo vicioso que dura há anos. a única saída é que os palestinianos e os israelitas voltem à mesa das negociações para forjar um tratado de paz. apesar da polarização dos líderes políticos, a maioria da opinião pública parece estar inclinada para este rumo.
Em 1991 foi convocada a Conferência da Madrid. Israel, a Síria, o Líbano e os palestinianos foram convidados. Foi uma mudança de atitude e, como resultado, dois anos mais tarde Israel assinou um acordo de paz com a Jordânia. Talvez seja o momento de voltar a convocar uma conferência internacional e relançar o projecto de paz. Estas eleições pelo menos vão decidir o peso que o Hamas continua a ter na sociedade palestiniana…