Exigidas medidas para combater o aumento da fome e da obesidade na américa Latina, onde 42,5 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar e cerca de 90 milhões têm peso a mais
Exigidas medidas para combater o aumento da fome e da obesidade na américa Latina, onde 42,5 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar e cerca de 90 milhões têm peso a mais a Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FaO) exigiu esta semana que sejam tomadas políticas de Estado para combater a fome e a obesidade na américa Latina. a fome na região não é fruto da falta de alimentos, mas um problema de acesso a eles, afirmam os responsáveis da agência. Pela primeira vez, em duas décadas, a fome voltou a crescer na américa Latina, atingindo agora 42,5 milhões de pessoas – mais 2,4 milhões -, muito por culpa da crise na Venezuela, o país onde se registou o maior aumento de casos de insegurança alimentar. Embora em menor percentagem, na argentina, Equador, El Salvador e Peru, também se verificou o aumento da fome. Paradoxalmente, ao mesmo tempo que a fome aumenta, cresce também a obesidade, uma epidemia fora de controle em todos os países e setores sociais da região. Metade da população latino-americana tem sobrepeso e cerca de 90 milhões de pessoas são obesas, segundo Julio Berdegué, representante regional da FaO para a américa Latina e Caraíbas. Para o responsável, sem um impulso imediato e em grande escala, a região não poderá alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: Fome zero para o ano 2030. a FaO quer, por isso, aproveitar a próxima conferência regional, agendada para 5 a 8 de março, na Jamaica, para pedir aos 33 países-membros da região um mandato para identificar os 100 territórios mais vulneráveis e pôr mais dinheiro, mais tempo e mais profissionais para eliminar estas bolsas de pobreza.