Relatora especial das Nações Unidas visitou o país e encontrou uma teia de violência complexa e difícil de combater, devido à ação de grupos organizados que lutam para manter o seu poder e controlo territorial
Relatora especial das Nações Unidas visitou o país e encontrou uma teia de violência complexa e difícil de combater, devido à ação de grupos organizados que lutam para manter o seu poder e controlo territorial a ação de bandos e de grupos armados organizados estão a comprometer a luta contra a criminalidade e violência em El Salvador, um país com uma das taxas mais altas de assassinatos a nível mundial, que continua a viver problemas de segurança complexos, denunciou a relatora especial das Nações Unidas sobre execuções extrajudiciais, após uma visita ao território. Durante a minha visita, conheci pais e mães que perderam os seus filhos por causa da violência, mulheres jovens que foram repetidamente submetidas a violência sexual, homens jovens traumatizados pela experiência de violência vivida, avós que vivem com o receio constante que um dia os seus netos sejam recrutados à força para a violência, afirmou agnes Callamard, em comunicado. No documento, a responsável instou o governo de El Salvador a tomar medidas urgentes e mais efetivas para prevenir a privação arbitrária da vida e pôr fim ao círculo vicioso de impunidade que torna possível tantos crimes, através de mecanismos que ajudem a solucionar o problema e não a agravá-lo. Não importa a complexidade do contexto, o difícil que seja mobilizar recursos públicos, a resposta do governo a esta violência endémica não deve agravá-la. a cura não pode ser pior que a doença. Lamentavelmente, encontrei um padrão de comportamento entre o pessoal de segurança, que poderia considerar-se como execuções extrajudiciais e uso excessivo da força, sublinhou Callamard.