Cerca de 200 milhões de mulheres e meninas foram submetidas a esta prática, ainda comum em vários países. Em Portugal, foram identificados 80 casos, entre janeiro de 2016 e o mesmo mês do ano passado
Cerca de 200 milhões de mulheres e meninas foram submetidas a esta prática, ainda comum em vários países. Em Portugal, foram identificados 80 casos, entre janeiro de 2016 e o mesmo mês do ano passado as Nações Unidas assinalam esta terça-feira, 6 de fevereiro, o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, uma prática reconhecida internacionalmente como uma violação de direitos humanos, mas que continua a afetar milhões de mulheres. Em Portugal, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), foram registados 80 casos, em 2016. as vítimas identificados em território nacional foram quase todas adultas, havendo apenas registo de uma menor, com 17 anos. Eram provenientes, na esmagadora maioria, da Guiné-Bissau (53), seguindo-se, em termos de representatividade, a Guiné-Conacri (20), a Eritreia (2), o Senegal (2), e a Nigéria, a Gâmbia e o Egito, cada um com um caso registado. a nível mundial, a ONU aponta para cerca de 200 milhões de mulheres e meninas vítimas deste procedimento, que envolve cortes na genitália sem que haja razão médica para tal. Na Indonésia, por exemplo, quase metade das meninas de 11 anos ou até mais novas foram sujeitas à mutilação genital. E na Gâmbia, 56 por cento das vítimas têm 14 anos ou menos. Neste momento, duas agências das Nações Unidas (UNICEF e UNFPa) lideram o maior programa global para o abandono da mutilação genital feminina, que está a ser desenvolvido em 17 países africanos para garantir que mulheres e meninas não sofram mais com esta prática. ao assinarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os países assumiram também o compromisso de erradicar a mutilação genital até 2030.