Milhões de crianças são obrigadas a começar uma vida matrimonial muito antes de estarem preparadas e contra a sua vontade. África continua com as taxas mais alta de casamentos infantis Milhões de crianças são obrigadas a começar uma vida matrimonial muito antes de estarem preparadas e contra a sua vontade. África continua com as taxas mais alta de casamentos infantis Enquanto em muitos países se prepara a celebração do Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, a 14 de fevereiro, há milhões de crianças que continuam a ser obrigadas a casar muito antes de estarem preparadas e contra a sua vontade, alerta o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPa, na sigla em inglês). Numa lista onde são elencados vários fatores sobre o casamento infantil, a agência da ONU recorda que 700 milhões de mulheres e meninas foram obrigadas a casar antes dos 18 anos, que a pobreza é uma das razões que leva a esta prática e que os países africanos têm as taxas mais altas de matrimónios precoces – quatro em cada 10 meninas casaram antes dos 18 anos. Segundo os responsáveis da UNFPa, nem os meninos estão livres deste flagelo. Uma pesquisa desenvolvida em 82 países de baixos e médios rendimentos, revelou que um em cada 25 meninos casou antes dos 18 anos. apesar do casamento infantil ser praticamente banido em todo o mundo, através dos acordos internacionais, como a Convenção sobre os Direitos da Criança, alguns países continuam a permitir o casamento de menores com o consentimento dos pais, como é o caso do Malawi. Para a UNFPa, são necessárias muitas mudanças para acabar com o casamento infantil, incluindo alterações legislativas e mais igualdade de género. Uma das medidas preventivas passa pelo reforço da informação transmitida aos jovens, pois quando eles conhecem os seus direitos, podem defender-se da prática e até convencer as suas famílias a cancelar os casamentos arranjados.