Grande parte dos países ainda não têm legislação que proteja as mulheres dos delitos sexuais cometidos por parte do cônjuge ou de um familiar, revela um estudo do Banco Mundial Grande parte dos países ainda não têm legislação que proteja as mulheres dos delitos sexuais cometidos por parte do cônjuge ou de um familiar, revela um estudo do Banco Mundial Mais de um bilião de mulheres vive em países onde não existe nenhum tipo de cobertura legal para fazer frente à violência sexual cometida em ambiente familiar, segundo um estudo do Banco Mundial, que alerta para a epidemia a nível mundial relacionada com a segurança das mulheres. O estudo resulta da análise à situação de 141 países e concluiu que, entre 2013 e 2017, a percentagem de territórios onde se legislou contra a violência machista aumentou de 71 para 76 por cento. Porém, a proteção legal continua insuficiente para determinados tipos de violência. Metade dos países não dispõe de regulamentos sobre abusos económicos, o que deixa desprotegidas as mulheres. Segundo os especialistas, esta área inclui os abusos para controlar o acesso das mulheres a recursos não só de índole monetária, mas também educativos e laborais, que equivalem a uma forma de intimidação e coação. O estudo conclui ainda que a violência exercida sobre as mulheres causa danos para a saúde mental e física das vítimas, que podem degenerar num maior absentismo laboral e, consequentemente, em menores rendimentos. as meninas podem ver-se também obrigadas a deixar os estudos para evitar o risco de abusos. Recorde-se que a eliminação de toda a forma de violência contra mulheres e meninas é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, entre outras razões, pela importância que significa para outras melhorias sociais, como a redução da pobreza ou o fomento de sociedades mais igualitárias.