Estudo apresentado pela Organização Internacional para as Migrações demonstra que uma melhor utilização dos dados sobre a mobilidade humana poderia ajudar a poupar milhões de euros Estudo apresentado pela Organização Internacional para as Migrações demonstra que uma melhor utilização dos dados sobre a mobilidade humana poderia ajudar a poupar milhões de euros O aperfeiçoamento do uso dos dados sobre os fluxos migratórios poderia gerar uma poupança de 28,5 mil milhões de euros a nível mundial, segundo um estudo elaborado pelo Centro de análise de Dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), para apresentar no Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça.com frequência, os dados são considerados um assunto abstrato a cargo de especialistas que trabalham em segredo. Mas são essenciais para produzir resultados tangíveis, tais como a proteção dos migrantes em situação de vulnerabilidade, para compensar a escassez dos mercados laborais e melhorar a integração, gerir os procedimentos de asilo, assegurar o retorno humanitário ou aumentar o fluxo de remessas, explicou o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing. Nas conclusões, o estudo aborda também a forma como o investimento em dados sobre as migrações pode trazer associados enormes benefícios económicos, sociais e humanitários, ao apresentar cálculos detalhados destes benefícios, tanto para os países desenvolvidos como para os que estão em vias de desenvolvimento. E disponibiliza um guia para os países interessados em criar as suas próprias estratégias para melhorar os dados sobre migrações. Um dos cálculos apresentados está relacionado com a qualificação dos migrantes. Muitos dos que se dirigem para a União Europeia têm habilitações que não se coadunam com o emprego que conseguem, pelo que o uso de dados para reajustar estas discrepâncias poderia aumentar os rendimentos dos migrantes no espaço europeu em 6. 000 milhões de euros.