Riqueza mundial continua a estar concentrada em um por cento da população. Desde que começou a crise financeira, a riqueza da elite económica aumentou, em média, 13 por cento ao ano
Riqueza mundial continua a estar concentrada em um por cento da população. Desde que começou a crise financeira, a riqueza da elite económica aumentou, em média, 13 por cento ao ano O ano passado, 82 por cento da riqueza mundial ficou nas mãos de um por cento da população, e as mulheres pobres foram as menos beneficiadas pelo crescimento económico, conclui a organização não governamental Oxfam, num relatório divulgado esta segunda-feira, 22 de janeiro. De acordo com o documento, 3,7 mil milhões de pessoas, ou seja 50 por cento da população mundial, não beneficiaram em nada do crescimento alcançado o ano passado, enquanto um por cento da franja mais rica embolsou 82 por cento da riqueza mundial. Desde 2010, após a crise da bolha financeira, a riqueza desta elite económica aumentou, em média, 13 por cento ao ano. O pico foi alcançado entre março de 2016 e março de 2017, período em que se produziu o maior aumento na história do número de pessoas, cuja fortuna supera o bilião de dólares, a um ritmo de nove novos bilionários por cada ano. Na américa Latina, a riqueza dos bilionários cresceu 155 biliões de dólares no último ano. O boom de bilionários não é sinal de uma economia próspera, mas um sintoma do fracasso do sistema económico, afirmou a diretora da Oxfam, Winnie Byanyima, na apresentação do relatório, intitulado Recompensar o trabalho, não a riqueza. Exploramos as pessoas que fabricam a nossa roupa, que constroem os nossos telefones celulares e cultivam os alimentos que comemos para garantir um fornecimento constante de produtos baratos, mas também para aumentar os lucros das empresas e seus ricos investidores, criticou a dirigente.