Formação em Braga vai preparar os participantes para atuarem em dois estabelecimentos prisionais da região. a tarefa exige «estabilidade emocional e muita empatia», destaca responsável pelo projeto
Formação em Braga vai preparar os participantes para atuarem em dois estabelecimentos prisionais da região. a tarefa exige «estabilidade emocional e muita empatia», destaca responsável pelo projetoPessoas interessadas em prestar apoio, de forma voluntária, aos reclusos dos estabelecimentos prisionais de Braga e Guimarães, podem participar numa formação dedicada a esta prática, que vai realizar-se no próximo sábado, 20 de janeiro, no Centro Cultural e Pastoral da arquidiocese de Braga, entre as 10h00 e as 12h30.

a formação será ministrada por colaboradores da Pastoral Penitenciária de Braga (PPB), para dotar os formandos de competências para a sua integração em projetos de voluntariado nos estabelecimentos prisionais do distrito, explica João Torres, sacerdote e coordenador da PPB. ao longo da manhã formativa serão abordados conteúdos como os papéis e responsabilidades do voluntário, as regras e limites da intervenção voluntária e a confidencialidade.

além disso, haverá um momento dedicado à partilha de experiências entre voluntários. O coordenador da PPB realça que os voluntários deverão abraçar a tarefa como uma missão que requer responsabilidade, estabilidade emocional, força de vontade, gosto pelo trabalho voluntário e muita empatia.

O voluntário que trabalha em contexto prisional não pode ser uma pessoa deprimida, instável, com carências emocionais e imatura. a gestão das relações humanas pode tornar-se difícil quando o voluntário decide entrar no meio prisional para resolver os seus próprios problemas interiores. Neste contexto, também é importante salientar que o trabalho do voluntário nunca pode ser solitário, deve ser sempre enquadrado num trabalho de equipa, onde se partilham dúvidas, estratégias, problemas e soluções, demonstra o responsável.

Uma vez nos estabelecimentos prisionais, a PPB organiza a exibição de filmes e promove debates, palestras e a visualização de programas relacionados com variadas problemáticas, para ajudar na reestruturação comportamental e social dos reclusos, assim como promover o seu bem-estar e a inclusão, conforme indicam os serviços de comunicação da arquidiocese de Braga.

além disso, os voluntários da PPB dinamizam reuniões para ajudar os reclusos na resolução de problemas pendentes no exterior, levam convidados até ao estabelecimento prisional para partilharem a sua experiência de vida, organizam jogos de futebol ou torneios de damas e xadrez entre voluntários e reclusos, visitam os reclusos que habitualmente não têm visitas e promovem a troca de correspondência escrita entre grupos de jovens e reclusos.