Depois de vários meses de discernimento, as pessoas divorciadas que vivem numa nova união podem ser consideradas idóneas para «serem padrinhos ou madrinhas», explica o arcebispo de Braga
Depois de vários meses de discernimento, as pessoas divorciadas que vivem numa nova união podem ser consideradas idóneas para «serem padrinhos ou madrinhas», explica o arcebispo de BragaOs agregados familiares, e particularmente os divorciados recasados, que vivem na região de Braga, vão passar a ter acesso a um Serviço arquidiocesano de acolhimento e apoio à Família. aos [divorciados recasados] que não podem obter a declaração de nulidade [do matrimónio] mas querem viver a fé cristã numa boa relação com Deus e com a Igreja, é proposto um “itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral”, com o objetivo de uma maior integração, explicou Jorge Ortiga, arcebispo primaz de Braga.

O acompanhamento às famílias vai decorrer num centro de escuta personalizado, com o apoio de uma equipa estável, com profissionais especializados: uma jurista em Direito Canónico e Civil, um psicólogo, um psiquiatra, uma médica de Medicina Geral e Familiar e três padres da Companhia de Jesus que vão dedicar-se ao acompanhamento personalizado tendo em vista o discernimento, bem como várias instituições do âmbito familiar. após diversas etapas e um percurso de alguns meses, caberá, em última instância, ao casal tomar a sua decisão diante de Deus, referiu Jorge Ortiga.

O prelado frisa que esta via não se trata de conceder uma “autorização” geral para aceder aos sacramentos, adiantando que, depois do discernimento, é possível que o percurso termine no acesso à reconciliação e à comunhão ou numa orientação para outras formas de maior integração na vida da Igreja. No final do discernimento, os membros do casal poderão ser considerados idóneos para serem padrinhos ou madrinhas, disse em conferência de impensa, de acordo com a agência Ecclesia.