Pontífice desloca-se ao coração da terra dos indígenas mapuche, a etnia mais importante do Chile, que se queixa de discriminação e reivindica a restituição dos territórios ancestrais
Pontífice desloca-se ao coração da terra dos indígenas mapuche, a etnia mais importante do Chile, que se queixa de discriminação e reivindica a restituição dos territórios ancestrais O Papa Francisco celebra esta quarta-feira, 17 de janeiro, uma missa de integração dos povos na Base aérea de Maquehue, em Temuco, no Chile, onde se espera uma multidão semelhante à que esteve ontem na capital – cerca de 400 mil pessoas. Depois da Eucaristia, o Pontífice reúne com um grupo de indígenas mapuche, uma etnia que se encontra em conflito com o governo por causa da posse das terras. O programa da visita do Santo Padre reflete a sua preocupação com uma zona que viveu tensões importantes, com a qual quer compartilhar uma mensagem de paz e para onde procura levar palavras de esperança que possibilitem o encontro entre as pessoas, explicou Fernando Ramos, coordenador nacional da Comissão que organiza a visita apostólica ao Chile. O clima de tensão originado pelas reivindicações dos mapuche tem propiciado também o aparecimento de ações de protesto contra a presença do Papa, por parte de grupos minoritários. Depois dos ataques a seis igrejas na capital do país, na última madrugada duas pequenas igrejas católicas foram destruídas, na periferia de Temuco.