a ação passa-se numa herdade com trabalhadores clandestinos. Depois de um menor perder a vida, os restantes trabalhadores são mortos para que não se conheça a situação que poderia penalizar o proprietário do espaço, que deseja ascender a um cargo político
a ação passa-se numa herdade com trabalhadores clandestinos. Depois de um menor perder a vida, os restantes trabalhadores são mortos para que não se conheça a situação que poderia penalizar o proprietário do espaço, que deseja ascender a um cargo político a peça 150 milhões de escravos estreia no Teatro da Trindade, em Lisboa, esta quinta-feira, 11 de janeiro. Criada pela atriz e encenadora Maria João Luís, a peça apresenta uma dura realidade, de que todos acabam por ser cúmplices, mesmo sem que se apercebam. Sou cúmplice, porque sou aquela que compra a camisola em que miúdos trabalharam e que compra chocolate, cuja apanha de cacau é quase toda feita por miúdos, disse a atriz, em declarações à agência Lusa.

a produção 150 milhões de escravos centra-se numa herdade com trabalhadores clandestinos, onde morre um trabalhador menor de idade.com o dono da herdade a ter aspirações políticas e com o receio das consequências do incidente, todos os trabalhadores são mortos, para que não se conheça a situação. Segundo Maria João Luís, concretizar este trabalho foi uma tarefa muito árdua, porque todos os dias os atores diziam – Eu não posso estar a dizer isto. Eu não sou isto.

a peça conta com atores como Beatriz Godinho, Catarina Rôlo Salgueiro, Emanuel arada, Ivo alexandre, João Saboga, José Leite, Hélder agapito, Lígia Soares e Teresa Sobral. a cenografia está a cargo de ângela Rocha, o vídeo de Inês Oliveira, o movimento de Paula Careto, e o desenho de som e de luz de José Peixoto e Pedro Domingos, respetivamente.

a obra foi produzida pelo Teatro da Trindade Inatel e pelo Teatro da Terra, em parceria com a Câmara Municipal de Ponte de Sor e o Museu do Neorrealismo. a peça estará em cena a partir de quinta-feira, 11, podendo ser vista até ao dia 28 de janeiro, com espetáculos de quarta-feira a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 16h30.