Organização não governamental de defesa dos direitos das crianças estima uma média de 130 nascimentos por dia nos acampamentos do Bangladesh, onde a minoria muçulmana se refugiou para fugir à violência em Myanmar
Organização não governamental de defesa dos direitos das crianças estima uma média de 130 nascimentos por dia nos acampamentos do Bangladesh, onde a minoria muçulmana se refugiou para fugir à violência em MyanmarMais de 40 mil bebés rohingya deverão nascer este ano nos campos de refugiados do Bangladesh, onde correm maior risco de desnutrição e de contrair doenças, devido às condições precárias dos espaços de acolhimento, alerta a organização não governamental Save the Children. a maioria vai nascer dentro das tendas de campanha, em parte devido à escassez de centros de saúde de qualidade, abertos 24 horas, que ofereçam atenção obstétrica de urgência, afirma Rachel Cummings, especialista em saúde da organização, adiantando que é esperada uma média de 130 nascimentos por dia. as más condições de higiene nos acampamentos são propícias à propagação de doenças, como a difteria, o sarampo e a cólera, em relação às quais os recém-nascidos são extremamente vulneráveis. Esta vulnerabilidade implica um alto risco de que as crianças morram antes de cumprirem os cinco anos, realça Cummings. a Save the Children gere nove centros médicos comunitários em Cox’s Bazar, com capacidade para assistir cerca de 70 pessoas por dia. Grande parte dos pacientes são mulheres grávidas, mas os partos em casa, com a ajuda de familiares são comuns entre as famílias rohingya, aponta a especialista. as organizações humanitárias estão a fazer tudo o que lhes é possível. No entanto, as necessidades são muitas e não contam com os recursos e o financiamento suficientes para garantir que todas as mães e os seus filhos recebam a atenção médica que necessitam, refere Rachel Cummings, reclamando um maior envolvimento da comunidade internacional.