Uma equipa de Braga recorreu a jogos de tabuleiro para promover a interação entre a comunidade local e a população refugiada alojada na região. Os resultados foram positivos, mas «são precisos apoios» para que o projeto possa continuar
Uma equipa de Braga recorreu a jogos de tabuleiro para promover a interação entre a comunidade local e a população refugiada alojada na região. Os resultados foram positivos, mas «são precisos apoios» para que o projeto possa continuar

Refugiados apoiados por instituições de Braga receberam formação sobre jogos de tabuleiro para entrarem em contacto com utentes de outras associações, que recebem apoio devido à sua vulnerabilidade económica e social. a dinâmica permitiu facilitar a integração dos migrantes e de outras pessoas com diversos tipos de problemas, gerando uma troca muito positiva de experiências, realçou Pedro Fernandes, um dos responsáveis pelo projeto-piloto, batizado com o nome “Integration game”, que está a cargo da “associação cidade curiosa”.

a recetividade à iniciativa por parte dos refugiados teve várias fases. Já esperávamos alguns entraves, nomeadamente a língua, mas também alguma desconfiança. a primeira dificuldade foi conseguir tirá-los de casa. Não conseguíamos. Então, resolvemos levar até eles jovens em risco para partilharem experiências e, desta forma, conseguiu-se quebrar barreiras, criaram-se laços e desenvolveram-se novas linguagens, demonstrou Pedro Fernandes, em declarações à agência Lusa.

O tipo de jogos utilizado teve sempre uma vertente de pedagogia, apelo à criatividade, à tomada de decisões e resolução de problemas. além disso, apelaram às vertentes de pedagogia, ensino, história e interação social, o que permitiu que os refugiados conhecessem um pouco do que é Portugal () de forma a facilitar a sua integração na comunidade, acrescentou o responsável.

O projeto-piloto esteve vigente ao longo do passado mês de novembro. Os seus dinamizadores destacam o enorme sucesso da iniciativa, e manifestam o desejo de a continuar a implementar. Funcionou muito bem e queremos dar continuidade ao projeto, levá-lo a outras áreas do país. Mas para isso também são precisos apoios, salientou Pedro Fernandes. O projeto é patrocinado pela Erasmus Student alumni association (ESaa), no âmbito de uma iniciativa de promoção da integração de refugiados na Europa.