O artista plástico Martinho Costa recorreu à cor terra para gravar em pedra a história de vida daqueles que cresceram em Fátima
O artista plástico Martinho Costa recorreu à cor terra para gravar em pedra a história de vida daqueles que cresceram em FátimaO passado etnográfico de Fátima pode agora ser conhecido através de um mural da autoria do artista plástico fatimense Martinho Costa, patente junto ao cemitério situado em frente à igreja matriz, onde foram batizados os santos Francisco e Jacinta Marto.

O memorial está exposto ao público desde o último dia de 2017, constituindo uma forma da sociedade civil local marcar o encerramento do ano do Centenário das aparições de Fátima, uma comemoração que levou o Papa à Cova da Iria, reconhecendo nessa ocasião a santidade dos dois fatimenses mais novos que viram Nossa Senhora.

a obra não apresenta referências ao fenómeno religioso, mas recorda antes as gentes de Fátima. Era importante honrar os nossos antepassados, disse Humberto Silva, presidente da Junta de Freguesia de Fátima, realçando que a obra é um memorial em forma de mural às pessoas que contribuíram para Fátima.

a pedra trabalhada pelo artista proveio de uma pedreira de Fátima, que também patrocinou o projeto, conforme revelou o autarca, em declarações à comunicação social. a dominar a obra está a cor terra. Houve uma intensidade poética em pintar com cor terra a própria terra em pedra, disse Martinho Costa. Está representada Fátima de um ponto de vista que não é convencional. Não são as mensagens que associamos a Fátima, é uma mudança de foco, apontou o artista.

Por sua vez, Luís albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Ourém, recordou que o ano que chegou ao fim ficará na memória de todos os que puderam estar envolvidos, encerrando assim com chave de ouro. a nova obra foi elaborada no contexto da requalificação do exterior do cemitério, levada a cabo pela junta de freguesia de Fátima.