a falta de chuva nos últimos meses pode deixar parte da população da Mauritânia e do Senegal em situação de insegurança alimentar. Região enfrenta a pior seca dos últimos seis anos
a falta de chuva nos últimos meses pode deixar parte da população da Mauritânia e do Senegal em situação de insegurança alimentar. Região enfrenta a pior seca dos últimos seis anosMais de um milhão de pessoas está em risco de passar por uma crise alimentar em 2018, na Mauritânia e no norte do Senegal, em consequência da seca que atinge a região, a mais grave dos últimos seis anos, alerta a organização não governamental (ONG) ação contra a Fome.com base no Sistema de Informação Geográfica, os responsáveis da ONG detetaram um grave défice de pastos, o que faz prever que a estação de fome se antecipe de junho para março, podendo alargar-se a um período de sete meses. Esta situação provocará um aumento das necessidades das comunidades afetadas, colocando em risco 600 mil pessoas na Mauritânia e mais de 500 mil no norte do Senegal. Para minimizar os efeitos desta crise, a ONG desafiou os governos do Senegal e da Mauritânia a declararem o estado de emergência, por forma a permitir que a comunidade internacional disponibilizasse fundos, e solicitou apoio à União Europeia e Estados Unidos da américa. O ideal seria que o governo declarasse o estado de emergência para permitir às equipas humanitárias o recurso aos mecanismos de financiamento e, a partir de março, começarem com o sistema de assistência alimentar habitual, explicaram os dirigentes da ação contra a Fome. Os responsáveis recordaram que a Mauritânia e o norte do Senegal são zonas com uma crise de insegurança alimentar crónica e recorrente, estimando-se que em 2018, do lado mauritano, 118 mil menores de cinco anos e 45 mil grávidas sofram de desnutrição aguda, e 32 mil crianças padeçam de desnutrição severa. No Senegal, a crise está localizada no norte do país, onde se espera que a seca dos últimos meses deixe perto de 20 mil crianças desnutridas. Vamos enfrentar a pior crise e pensamos que as capacidades sanitárias, apesar de terem melhorado, não serão suficientes para tratar milhares de menores, sublinharam os técnicos da ONG.