Nas zonas mais pobres dos países de baixos rendimentos, só 17 por cento das mães e crianças têm asseguradas as suas necessidades sanitárias, enquanto entre as famílias mais ricas esta cifra sobe para 74 por cento
Nas zonas mais pobres dos países de baixos rendimentos, só 17 por cento das mães e crianças têm asseguradas as suas necessidades sanitárias, enquanto entre as famílias mais ricas esta cifra sobe para 74 por centoMetade da população mundial não pode aceder aos serviços sanitários básicos e muito mais pessoas são forçadas a entrar no limiar da pobreza ao terem que pagar por cuidados médicos para os quais não têm capacidade financeira, revela um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Banco Mundial. Segundo o documento, 800 milhões de pessoas têm que gastar pelo menos 10 por cento do orçamento familiar em saúde. E, na américa Latina e Caraíbas, 14,8 por cento das famílias ultrapassavam esta percentagem de gastos. É completamente inaceitável, lamenta o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apontando a necessidade de se garantir a cobertura sanitária universal que permita a todos o acesso aos serviços de saúde de que necessitam, sem que isso seja uma carga económica. No relatório, fica também demonstrado que a cobertura sanitária está diretamente relacionada com a mortalidade infantil, a esperança de vida e o desenvolvimento humano. Nesse sentido, o presidente do Banco Mundial pede mais esforço e empenhamento dos governos nesta área. Se somos sérios, não só para que haja melhores resultados de saúde, mas também para acabar com a pobreza, temos que esforçar-nos mais e com urgência para conseguir a cobertura universal de saúde, apela Jim Yong Kim.