Estudo elaborado por uma equipa de nutricionistas revela as dificuldades sentidas por alguns agregados familiares no acesso à alimentação e o afastamento cada vez maior da dieta mediterrânica
Estudo elaborado por uma equipa de nutricionistas revela as dificuldades sentidas por alguns agregados familiares no acesso à alimentação e o afastamento cada vez maior da dieta mediterrânica a insegurança alimentar, indicador que mede a falta de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, afeta 24 por cento das famílias no algarve, segundo um estudo efetuado por um grupo de nutricionistas, que foi divulgado esta quarta-feira, 13 de dezembro.com base nas respostas obtidas junto de 384 agregados familiares, os investigadores concluíram que 24,2 por cento das famílias no algarve apresentam um nível de insegurança alimentar ligeiro, o que significa que, no seio daqueles agregados, existe uma preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro ou à qualidade adequada dos alimentos, precisou Ezequiel Pinto, um dos autores do estudo, em declarações à agência Lusa. Do total de inquiridos, 26 por cento manifestaram preocupação pelo facto de os alimentos em casa poderem acabar antes que tivessem dinheiro para comprar mais, o que aconteceu em seis por cento das famílias, enquanto em 14 por cento dos agregados houve a necessidade de consumir apenas alguns alimentos que ainda tinham em casa, por terem ficado sem dinheiro, adiantou o nutricionista. Segundo Ezequiel Pinto, o estudo permitiu ainda concluir que a população algarvia está a afastar-se da dieta mediterrânica, sendo que apenas 24,7 por cento revelou boa adesão a este padrão alimentar, o que significa que há mais insegurança alimentar quando há menos adesão à dieta mediterrânica.