Quase três mil milhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência. ONU quer mobilizar a comunidade cientí­fica, os políticos e a sociedade civil para um programa comum de investigação
Quase três mil milhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência. ONU quer mobilizar a comunidade cientí­fica, os políticos e a sociedade civil para um programa comum de investigação as Nações Unidas proclamaram o período entre 2021 e 2030 como a Década das Ciências Oceânicas para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de mobilizar a comunidade científica, os políticos, as empresas e a sociedade civil, em torno de um programa comum de investigação e de inovação tecnológica. Uma das prioridades nesses 10 anos será reforçar e diversificar as fontes de financiamento, pois neste momento os países destinam às ciências oceânicas apenas entre 0,04 por cento e quatro por cento da verba investida em investigação e desenvolvimento. Há quase 3. 000 milhões de pessoas que dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência, os oceanos absorvem quase um terço do dióxido de carbono gerado pelo homem e atenuam os efeitos do aquecimento global, mas a ciência ainda não conseguiu avaliar os efeitos cumulativos que têm as atividades humanas nos oceanos e as suas consequências em termos de contaminação, aquecimento e acidificação. Temos muitas lacunas de conhecimento sobre os oceanos, apesar do seu papel crucial para manter o nosso planeta seguro e respirável. É a nossa nova fronteira, afirmou a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), audrey azoulay, recordando que para estudar o oceano são necessários barcos específicos, imagens de satélite, submarinos e veículos submergíveis, que implicam um investimento importante.