agência das Nações Unidas pede uma investigação penal internacional aos responsáveis pelos ataques contra a minoria rohingya, que provocaram a fuga de mais de 600 mil pessoas para o Bangladesh
agência das Nações Unidas pede uma investigação penal internacional aos responsáveis pelos ataques contra a minoria rohingya, que provocaram a fuga de mais de 600 mil pessoas para o Bangladesh O alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid al Hussein, considera que a violência em Myanmar contra a minoria muçulmana rohingya poderá conter elementos de genocídio, pelo que solicitou uma investigação penal internacional para apurar eventuais responsabilidades criminais dos autores dos ataques. Os rohingya foram atacados fisicamente, oprimidos, privados de direitos e nacionalidade. Quanto têm que suportar as pessoas para que os seus direitos sejam reconhecidos pelo seu governo e pelo mundo? Perante tudo isto, alguém pode descartar a existência de elementos de genocídio?, interrogou o responsável, numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU. No seu discurso, Zeid desafiou o Conselho a considerar a possibilidade de fazer uma recomendação à assembleia Geral das Nações Unidas para que estabeleça uma nova instância imparcial e independente ou um mecanismo complementar ao trabalho da Missão de Investigação à última onda de violência, para ajudar nas investigações. O representante de Myanmar na ONU, Htin Lynn, assegurou, por sua vez, que o seu governo estava a tratar de encontrar uma solução para a crise com a ajuda da comunidade internacional e negou que exista uma política oficial para atacar os rohingya.