as autoridades nepalesas detiveram pelo menos 50 líderes da oposição e activistas, para prevenir uma manifestação em favor da democracia, prevista para sexta-feira.
as autoridades nepalesas detiveram pelo menos 50 líderes da oposição e activistas, para prevenir uma manifestação em favor da democracia, prevista para sexta-feira. Todos os serviços telefónicos da capital, Kathmandu, estiveram cortados e os serviços de telemóvel ainda não estão a funcionar. Os partidos da oposição afirmaram que vão desafiar a proibição governamental de reuniões políticas na capital. O governo decretou esta proibição depois de recentes ataques rebeldes.
Segundo Charles Haviland, correspondente da cadeia de informação britânica BBC, as detenções e o corte dos telefones visam impedir uma grande manifestação liderada pela oposição, em protesto pelos planos governamentais para eleições locais no próximo mês. Pelo menos um conhecido activista dos direitos humanos está entre os detidos.
as autoridades pediram aos sete partidos que se opoem ao rei Gyanendra que cancelem a manifestação de sexta-feira. Dizem ter informação de que os rebeldes maoí­stas planeiam infiltrar-se e incitar à violência. Os rebeldes já negaram a existência destes planos.
O ministro dos negócios estrangeiros da Índia considerou as acções do governo nepalês “infelizes e matéria de grande preocupação” para todos os que trabalham pela paz e a estabilidade no Nepal.
Os partidos da oposição protestam contra o rei Gyanendra por ter assumido os poderes executivos em Fevereiro 2005. Decidiram boicotar as eleições municipais a nível nacional, previstas para o próximo mês e frisaram que vão protestar pacificamente contra as eleições. Também os rebeldes afirmaram a sua intenção de atacar alvos governamentais durante a preparação das eleições.
No início deste mês os rebeldes abandonaram a trégua unilateral de quatro meses e desde então houve um aumento da violência. Mais de 12 mil pessoas perderam a vida no Nepal desde que os maoí­stas começaram a revolta, há já 10 anos.