Há quatro mil milhões de pessoas que não estão protegidas por nenhum tipo de benefí­cio social. a população do continente africano é a que tem menor taxa de cobertura
Há quatro mil milhões de pessoas que não estão protegidas por nenhum tipo de benefí­cio social. a população do continente africano é a que tem menor taxa de coberturaUm relatório recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que apesar dos progressos alcançados no reforço da proteção em vários países, a maioria da população mundial continua sem qualquer de tipo de proteção social, ou seja, cerca de quatro mil milhões de pessoas. Hoje, 55 por cento da população mundial não está protegida por nenhum tipo de benefício social, o que quer dizer, por exemplo, que não beneficia do apoio às crianças, apoio à maternidade, prestações no caso de invalidez, desemprego, apoio ao idoso, reforma por velhice, e apoio à pobreza, afirma Vinícius Pinheiro, da OIT. Segundo o diretor do escritório da agência em Nova Iorque, Estados Unidos da américa, uma das metas da agenda 2030 é assegurar a proteção social para todos, mas o estudo agora divulgado mostra que se está muito longe de alcançar essa meta, o que exige esforços redobrados para recuperar o tempo partido nesta matéria. O documento da OIT refere que em África 82 por cento da população não está coberta por nenhum tipo de benefício, enquanto nas américas esse número ronda os 33 por cento. Em relação aos países de língua portuguesa, Portugal é o que está mais avançado, com uma cobertura superior a 90 por cento. Vinícius Pinheiro destaca ainda a importância da cobertura universal, mesmo em épocas de maiores dificuldades económicas: Cortar na proteção social em épocas de crise não é uma boa política económica. O relatório é bastante claro sobre a necessidade de preservar ou mesmo ampliar despesas e cobertura da proteção social, particularmente em épocas de crise.