a verba disponibilizada para projetos de cooperação foi a mais baixa de sempre, nos últimos dois anos.organizações não governamentais pedem maior humanização na distribuição dos apoios a verba disponibilizada para projetos de cooperação foi a mais baixa de sempre, nos últimos dois anos.organizações não governamentais pedem maior humanização na distribuição dos apoios O relatório da Plataforma Portuguesa das ONGD que será entregue esta terça-feira, 28 de novembro, na assembleia da República, é taxativo: Portugal continua sem cumprir as metas internacionais de ajuda ao desenvolvimento. Mais. Segundo o mesmo documento, os apoios para a cooperação são distribuídos de acordo com interesses económicos e não tanto de humanização. Tem-se assistido a um desinvestimento crescente da ajuda Pública ao Desenvolvimento (aPD) e a uma tendência de viragem para uma cooperação meramente económica na relação com os outros Estados. É necessário humanizar a Cooperação para o Desenvolvimento e não perder o foco da contribuição que a aPD, quando genuína, ainda pode dar para o desenvolvimento dos países parceiros, sublinha ana Filipa Oliveira, da direção da Plataforma Portuguesa das ONGD e investigadora da associação para a Cooperação Entre os Povos. De acordo com a autora do relatório, em 2015 e 2016 registaram-se os valores mais baixos de sempre da contribuição portuguesa para a aPD, na ordem dos 0,16 por cento e 0,17 por cento do rendimento nacional bruto, quando a meta com que Portugal se tinha comprometido era de 0,70 por cento, até 2015, enquanto país-membro do Comité de ajuda ao Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (CaD/OCDE).