Francisco iniciou visita apostólica com um encontro com o líder do exército, apontado como o responsável pela «limpeza étnica» da minoria muçulmana rohingya
Francisco iniciou visita apostólica com um encontro com o líder do exército, apontado como o responsável pela «limpeza étnica» da minoria muçulmana rohingyaacolhido esta segunda-feira, 27 de novembro, por milhares de pessoas distribuídas pelas ruas de Myanmar (ex-Birmânia), o Papa Francisco iniciou o programa da visita com um econtro com o chefe do exército, acusado de liderar uma limpeza étnica da minora rohingya. O general Min aung Hlaing é apontado por várias organizações de defesa de direitos humanos como o principal responsável pela campanha de repressão contra a minoria muçulmana, que obrigou mais de 600 mil rohingya a fugir para o Bangladesh. a semana passada, os governos dos dois países anunciaram um acordo para o regresso dos refugiados. Embora a opinião pública de Myanmar, de maioria budista e anti-muçulmana, não entenda muito bem as críticas da comunidade internacional em relação a este caso, os católicos manifestam-se esperançados que a visita do Papa possa contribuir para a pacificação. acreditamos que o Papa trará paz ao nosso país, afirmou Hla Rein, uma das muitas católicas ouvidas pelas agências internacionais. De qualquer forma, Francisco terá sido aconselhado a não utilizar a palavra rohingya nas suas intervenções para evitar eventuais embaraços diplomáticos e religiosos.