a União Europeia e os Estados Unidos estão a fechar os olhos aos direitos humanos em troca de facilidades comerciais e cooperação em medidas antiterroristas.
a União Europeia e os Estados Unidos estão a fechar os olhos aos direitos humanos em troca de facilidades comerciais e cooperação em medidas antiterroristas. No seu relatório anual, o Observatório dos Direitos Humanos (HRW) denuncia que a Europa, principalmente o Reino Unido, estava a ignorar abusos na Rússia e na arábia Saudita para garantir contratos de negócios. E acusaram os Estados Unidos de deliberadamente assumir uma estratégia de abuso para com os suspeitos de terrorismo durante as interrogações.
Os Estados Unidos restaram importância ao relatório como estando mais “baseado numa agenda Política do que em factos”. O porta-voz da casa branca, Scott McClellan, disse que os Estados Unidos fizeram “mais que qualquer país do mundo para promover a liberdade e os direitos humanos”. Disse também que o HRW devia centrar a sua atenção em países que violam e negam as liberdades pessoais, não nos Estados Unidos.
Os autores do relatório reponderam que não podem acreditar nas afirmações da Casa Branca de que não pratica a tortura. Já perderam a credibilidade quanto a assuntos dos direitos humanos deixando “um vazio global”.
a França e a alemanha foram criticadas por insistir que se ponha termo à proibição europeia de venda de armas à China, apesar do pouco progresso deste país no que toca aos direitos humanos. Nem os responsáveis pelo ataque aos manifestantes na Praça de Tiananmen em 1989.
O Reino Unido foi criticado também por pressionar a arábia Saudita para comprar armas a fabricantes britânicos, “mas guarda silêncio quanto ao Terrí­vel registo dos direitos humanos nesse reino”.